segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A grandeza consiste no olhar... No fixo e no desvio desse olhar

A grandeza consiste no olhar... No fixo e no desvio desse olhar
A grandeza consiste no envergonhar e no querer maior que o ficar
Consiste quando você fica mesmo quando não convém
Mas também consiste no que de você fica, mesmo quando você não vem...
Consiste naquilo que você pede e não naquilo que você tem.
Ser grande é ser o que não saiu do corpo
É aquilo que não aparece mas que vive no escuro e ilumina tudo de escuro, que existe por dentro e que entra, cada vez mais.
É aquilo que é grande e lhe faz brilhar mesmo nessa escuridão
É a luz de Tieta que ainda canta à capela
E que se deixar, chora, se chega uma nota...
O que te faz grande é o quão grande você pode sentir
É a intensidade do que pode fazer sentir em alguém que se deixar sentir.
A grandeza está em viver aquilo que nem acontece.
É aquilo que te tira do foco e o que te põe
É tudo que te degrada
E o muito que te compõe
É aquilo que mente ao coração
Pro corpo não mais chorar
É aquilo que te atrasa
E o longe que quer chegar.
Qual é o seu foco? Quais são?
O que te faz grande é a sua luz mas também sua refração.
Tua dança, teu verso, tua canção...
Teu endereço no mundo dos sonhos.
Ser grande dói
Talvez porque pesa, sobrecarrega
Talvez porque puxa empata ou atravessa
Ser grande inspira e sufoca.
Ser grande é se sentir pequeno.
É saber ser grande e não acreditar ser.
A grandeza é pensar demais e não querer pensar.
Ser grande é ser imprevisível.
Ser grande é admitir, se render.
Ser perdido, ter noção de estar perdido... e se esconder.
É ser pequeno e reconhecer, se enganando.
É se importar.
Ser grande é amar a música que nem foi feita pra você. Já que grande o amor já é sem te ter.
O que te faz grande é o que te deixa do avesso
O que você tem de apreço pelo que não te quer mais
O que te faz grande é o que te faz.
O que te faz grande
É o que você deixou pra ontem, pra amanhã
E pra nunca mais...
É querer ter notícias tuas e, constantemente, um pouco mais...

sábado, 22 de junho de 2013

Sobre o protesto cotidiano

A minha luta eh partidária! Aliás, a minha luta não, a minha defesa. 
Eu defendo um partido sim. 
Eu defendo o partido da ética e da paz. 
Eu defendo o partido do brasileiro humano, aquele que age sem egoísmo mesmo quando isso muitas vezes acabe por fragiliza-lo ou torná-lo vítima, pois ele sabe que quem faz parte do seu partido vai fazer isso valer a pena. 
Defendo o partido da sinceridade, da não influência. 
O partido do livre pensar do pouco julgar e do muito disseminar. 
O partido da curiosidade e do questionamento diante dos fatos e discursos da maioria. 
Sou contra o partido da teoria e defendo o partido da prática, do exemplo mais que o do sábio que muitas vezes é hipócrita. 
Sou do partido da cabeça aberta à todo tipo de opinião e formadora de uma opinião filtrada e aceita à críticas e ajudas. 
Defendo o meu partido, e defendo que ele não seja só meu, defendo aliás, que ele seja cada vez menos meu. 
Porque o negócio do meu partido é dividir, compartilhar, e o lucro é eleger o meu partido de forma que seja insignificante e indiferente aquele que o represente.

Por Gabriela Albano Lins e todo aquele que se identifique.
Guardando mais um trabalho 
Música "vinte centavos" 
composição: Gabriela Albano Lins e Ana Luisa Lincka 

http://m.youtube.com/#/watch?v=J3G7PXGeOwo&feature=youtu.be&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3DJ3G7PXGeOwo%26feature%3Dyoutu.be