sábado, 13 de novembro de 2010

O grande príncipe que não era mais pequeno.

          Era uma vez um príncipe encantado. Era uma vez um príncipe. O príncipe encantado dizia sempre as coisas mais bonitas, quando não eram bonitas, eram as mais engraçadas... O príncipe dizia as mesmas coisas, mas não eram tão bonitas ou engraçadas assim. O príncipe encantado era maduro, o príncipe era uma pessoa qualquer, simples e normal para a sua idade, errava às vezes e queria platéia para suas falas cotidianas, era mais alguém em fase de deselvovimento. O príncipe encantado não precisava sorrir, até quando ignorava a simpatia de uma pessoa qualquer, era bonito. O príncipe era simpático, quando sorria pra alguém ficava tão bonitinho... O príncipe encantado andava, esbarrava, falava, chegava, e saía muito facilmente. O príncipe, olhava de longe, ou não olhava. O príncipe encantado era grande, não era criança, o que as crianças são neste mundo não é? Pequenos seres que desconhecem a vida, elas não sabem de nada, mas o príncipe encantado sabia. O principe não sabia de nada. O príncipe encantado era o perfeito, o príncipe? É, podería até ser. O príncipe encantado era...
          É que o príncipe encantado olhou-se no espelho, e viu um príncipe. E nesse dia, ela só viu o espelho.
          Era uma vez um príncipe encantado. E foi perdendo o encanto, perdendo, perdendo... Até que um dia ele era apenas um príncipe. Um sapo disfarçado talvez...



Gabriela Albano Lins

                                     


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